28 de julho de 2025
Por Sabrina Scarpare
Você já sentiu que, por mais que tente, a IA ainda não entrega exatamente o que você precisa? Você até interage com ela, dá comandos, mas as respostas são genéricas, superficiais, ou sempre falta aquele “toque” que só a sua marca tem. O caminho que separa o usuário comum de IA do estrategista que a transforma em uma verdadeira sócia pensante é a forma como usa a IA. Não é sobre o que você pergunta. É sobre a engenharia de contextos dada com inteligência.
Começando do começo: o que são contextos?
Em sua essência, contexto é todo o conjunto de informações que envolve uma ideia, situação, solicitação, uma conversa ou um dado, e que permite compreender o significado, a intenção e a relevância do que está sendo dito ou perguntado. Portanto, contexto é um conjunto de informações.
E o que são contextos para a IA?
Para a Inteligência Artificial, o contexto é a bússola que irá guia-la para gerar maior capacidade na interpretação e geração de informações sobre um determinado assunto. Ou seja, são conjuntos de informações específicas que você fornece para melhorar a qualidade e a relevância das respostas. Eles funcionam como uma “memória” temporária, permitindo que a IA compreenda melhor o cenário ou área de conhecimento em que você está trabalhando.
Então, para você que usa a IA generativa em suas tarefas diárias e na criação de conteúdo, criar contextos bem estruturados e específicos para diferentes objetivos irá te ajudar a obter respostas mais precisas, relevantes e alinhadas com suas necessidades. É a diferença entre ter um assistente que apenas digita e um que realmente pensa junto com você.
Interação humano-IA
Aqui estamos falando de Engenharia de Contextos, um passo evolutivo na interação humano-IA e que vai muito além da simples “pergunta certa”. É uma abordagem que visa estruturar e fornecer o contexto, as informações, para que um modelo de IA – como ChatGPT, Claude, entre outros – possa gerar respostas mais precisas, relevantes e alinhadas com a intenção do usuário.
E qual é a grande sacada?
Diferente da Engenharia de Prompts (Prompt Engineering), que se concentra em otimizar a instrução direta que você dá ao modelo, a Engenharia de Contextos vai além. Pense assim:
– Engenharia de Prompt é a pergunta que você faz.
– Engenharia de Contexto é todo o material de estudo, os livros de referência, as anotações, os dados, que você oferece à IA, antes que ela responda à pergunta.
Com esses insumos, o objetivo é minimizar ambiguidades e direcionar o modelo para a saída mais útil, reduzindo as “alucinações” (respostas inventadas ou sem sentido) e aumentando a coerência e a qualidade. Essa é a diferença entre ter uma IA que apenas “cospe” texto genérico – o mesmo que todo mundo pode gerar – e uma IA que se torna sua sócia pensante, capaz de entender a nuance da sua marca, a dor do seu público e a estratégia por trás da sua mensagem.
Portanto, agora é um bom momento para se destacar do “mais do mesmo” e de construir um sistema inteligente que opera com a sua visão.
Como a Engenharia de Contextos ajuda na arquitetura de narrativas?
Essa é a pergunta de milhões para quem quer construir um negócio inteligente e parar de improvisar.
Quando fornecemos à IA informações ricas e materiais necessários para construir uma história, é fundamental pensar, antes de tudo, qual é o objetivo da mensagem e quem irá recebê-la. Sem esse direcionamento, a narrativa ficará confusa, sem norte e, provavelmente, não vai atingir o foco, por melhor que seja a sua história.
Para exercitar a Engenharia de Contextos no seu storytelling, defina antes:
Perfil do seu público-alvo: Quem é ele? Quais são seus obstáculos/problemas, suas dores, ambições e a realidade que o cerca?
A clareza do problema: Detalhe os desafios específicos que o seu cliente enfrenta, suas causas e consequências. Torne o problema palpável e gere empatia na audiência.
A relevância da sua solução: Posicione seu produto ou serviço como a resposta eficaz para os problemas identificados, traduzindo funcionalidades em benefícios concretos e alívio para as dificuldades do cliente. A sua solução deve ser a clara.
A chamada para a ação proposital: Integre um convite claro e orgânico para o próximo passo, que seja uma continuação natural da história e reforce o valor oferecido. Por exemplo, um e-book, consultoria, aula, curso, evento… qual é o próximo passo que o seu cliente dará com você? Se você gaguejou aqui ao responder, reveja urgente essa sua estratégia.
Pense na Engenharia de Contextos como a construção de um modelo mental para a IA. Quanto mais informações você fornece sobre o seu universo; sua marca, seu público, seus valores, seus princípios inquebráveis, mais a IA consegue “pensar” como você. Ela não apenas processa palavras, mas entende as relações, as nuances, as intenções implícitas. É como dar à IA os “livros de referência” da sua mente.
Da geração de texto à parceria estratégica
Percebeu que levar informações à IA é sair de um simples gerador de texto a um parceiro estratégico na construção de narrativas? Cada história de negócio pode e deve ser customizada para ressoar com a audiência.
A comunicação do seu negócio não é para você! É para o outro.
E usar a IA não apenas para gerar texto, mas para co-criar estrategicamente o seu conteúdo é criar um sistema inteligente para o seu negócio, ensinando a IA a pensar como um storyteller e um estrategista de marketing.
Pare de improvisar. Comece a estruturar.
#Use esse prompt para começar a sua Engenharia de Contextos:
“Atue como meu assistente de marca e especialista em Engenharia de Contextos para storytelling. Meu objetivo é [descreva um objetivo específico, ex: ‘criar uma sequência de e-mails para nutrir leads sobre meu novo curso’, ou ‘desenvolver um roteiro para um vídeo de vendas que converta’]. Meu público-alvo é [descreva seu ICP detalhadamente, incluindo dores, ambições e crenças erradas, usando as informações do seu ICP Map]. Minha marca tem o posicionamento de [descreva o posicionamento da sua marca]. Meu tom de voz é [educativo, direto, firme, sem rodeios, com puxão de realidade]. Meus princípios inquebráveis são [descreva com detalhes esses princípios]. Com base neste contexto detalhado, gere [tipo de conteúdo que você quer, ex: ‘um esboço de roteiro para o vídeo’, ‘os tópicos principais para a sequência de e-mails’, ‘ideias para um post que gere conexão’] que demonstre [o problema do público] e posicione [sua solução] como a resposta, garantindo que a narrativa seja autêntica, estratégica e ressoe profundamente com meu público.”
#fim do prompt
☺️
Até breve!

Obrigada por chegar até aqui 🙂
Sou Sabrina Scarpare, jornalista com MBA em Gestão de Mídias Sociais e Digitais. Falo sobre comunicação, storytelling, criação de conteúdo, marketing de conteúdo, IA e amo contar histórias. Trabalhei na imprensa durante 15 anos (rádio, televisão, assessoria de imprensa, revista impressa, jornal impresso) e há quase 6 anos migrei para o digital para fazer parte da revolução da IA na comunicação & storytelling. Tenho clientes no Brasil e em outros países e sigo revolucionando a contação de histórias com IA.