Carta aberta

Hey, contadores de histórias! Essa é pra vocês:)

Talvez você não saiba, mas eu já tive um cargo cobiçado no jornalismo impresso.
Durante 11 anos fui colunista social de um importante jornal da minha cidade, em Piracicaba, interior de São Paulo. Fui nas melhores festas, vesti as melhores roupas, era servida, paparicada. Conheci muita gente, fiz meu nome.
O que ninguém sabe é que durante um ano (um pouco mais), eu fiquei ganhando, em média, R$ 300,00 por mês. O meu salário passou a não existir mais, do dia pra noite. Não tinha choro, nem vela. Era isso ou isso. O jornal impresso havia começado a sua batalha com o digital, passando por grandes problemas, indo ladeira abaixo.
De repente, o cargo cobiçado não existia mais. O jornal impresso estava perdendo cada vez mais espaço, anúncios, assinantes, leitores, forças. A redação que era movimentada, ficou vazia, oca.
Ao ver a minha carreira desmoronando bem na minha frente, tomei a decisão de pedir demissão e entrar na justiça para – tentar – receber o que era meu por direito. Essa decisão demorou a vir. Foram meses pensando, analisando, digerindo. Não foi assim…pá-pum!
Mas o dia do fim havia chegado em maio de 2019. Entrei na reunião e ‘pedi pra sair’. Foi difícil, tive que conter a minha emoção na despedida. E quando saí, chorei por uma semana. Era choro de medo, alívio, tensão, indecisão, alegria, euforia. Eram tantos sentimentos que eu nem sei explicar.
Mas é quando estamos no fundo do poço que temos a oportunidade de dar o impulso. Depois de dias choramingando pelos cantos, eu decidi mudar a minha narrativa.
Foi alí, naquele momento de total fragilidade e comoção da minha vida pessoal e profissional que eu mudei a minha história. Me lembro bem, foi numa sexta-feira em que eu e meu marido abrimos uma cerveja na cozinha de casa, nos olhamos e eu disse a ele: “Hoje vamos brindar a minha nova história”, sem saber ao certo como seria o desfecho.
Cinco anos se passaram e cá estou! De lá pra cá muita água passou por debaixo da ponte. Abri o meu negócio, estudei a fundo o Storytelling, técnica de comunicação para contar boas e relevantes histórias, escrevi meu primeiro livro digital, criei palestras, cursos, consultorias. Já ajudei mais de 400 negócios a contarem suas histórias na Internet para vender mais seus produtos, serviços, projetos e ideias. Tenho alunos e clientes no Brasil, Estados Unidos, Espanha e Colômbia.

Moral da história: Além de ser jornalista, tive que aprender a VENDER. Não basta só ter boas ideias e criar produtos para a sua estante, você precisa saber comunicá-los para vender. Foi preciso me reinventar e destravar totalmente meus medos e potenciais para mudar, de fato, a minha história.

Destrave também a sua história! Não tenha medo. E se tiver medo, vai com medo mesmo!

Até breve!

Sabrina Scarpare

Olá!
Eu sou Sabrina Scarpare,
jornalista há 20 anos, especialista em narrativas, escritora e criadora de infoprodutos como consultoria, curso online, palestra, e-book, newsletter, entre outros projetos, tendo a técnica do Storytelling como premissa para as linhas editoriais dessas soluções.